
Solidão — Um Olhar Honesto Sobre Emoções e Presença
BLOG “A solidão não tem uma causa única — embora se manifeste como queixa principal, sua origem pode estar relacionada

“Você não é seus pensamentos” — Deepak Chopra
Você percebeu como, às vezes, o medo surge silenciosamente e, quase sem querer, começa a ocupar espaço na nossa rotina? Não importa se aparece diante de algo novo, inesperado ou de uma decisão importante - essa emoção faz parte da experiência do ser humano e, de alguma forma, está presente em diferentes momentos da vida.
Quando olhamos para o medo de perto, percebemos que ele tem sua utilidade: proteger, orientar escolhas e preparar o corpo para agir em situações de risco. O problema aparece quando ficamos prisioneiras dessa emoção, permitindo que a insegurança nos domine e, aos poucos, limite sonhos, relações e até nossa saúde. É como se estivéssemos dentro de uma “prisão mental”, sempre em alerta, e esse estado constante acaba influenciando pensamentos, comportamentos e até as respostas físicas do nosso corpo.
Manter-se nesse ciclo de vigilância por um longo período traz consequências para nós. Quando vivemos em alerta constante, nosso corpo libera hormônios como o cortisol em excesso, o que pode prejudicar o sono, causar distúrbios alimentares, desencadear dores musculares, baixar a imunidade e trazer aquela sensação persistente de cansaço ou ansiedade que muitas mulheres relatam — sinais de que o organismo precisa de cuidado e acolhimento.
Mas de onde vem tanta insegurança? Muitas vezes, a maneira como enxergamos nossos próprios limites, medos e incapacidades não surgiram do nada. Grande parte dessas ideias nasceu de histórias que ouvimos na infância, experiências antigas ou comentários de outras pessoas que gravamos dentro da gente. Essas histórias acabam se transformando em pequenas verdades que carregamos por anos, mesmo quando não ressoam ao que de fato somos.
Com o tempo, esse “pacote” de ideias vai moldando nosso jeito de agir, pensar e sentir. Acabamos acreditando que não podemos, que não conseguimos, ou que “isso não é para mim”. É daí que nasce aquele “falso Eu”: uma espécie de personagem interno que, tentando te proteger do sofrimento ou da decepção, muitas vezes te impede de experimentar coisas novas e descobrir o próprio potencial.
É aquela voz interna que insiste em dizer que é melhor não tentar, que é arriscado demais ou que você pode se machucar se sair do lugar. Ela acredita estar te protegendo, mas, sem perceber, pode te impedir de viver aquilo que você realmente deseja. O mais importante é reconhecer que todos nós carregamos essas histórias — e tudo bem. O primeiro passo é olhar para elas com carinho, entendendo que nem todo pensamento sobre nós mesmas precisa, necessariamente, ser levado como verdade absoluta. Sim, podemos — e temos o direito — de ressignificar o que não faz mais sentido e criar novos caminhos para nossas escolhas.
Dr. Edward Bach explicou, com sensibilidade, que cada pessoa reage ao medo de modo singular e, por isso, dividiu as emoções em sete grupos. No grupo do medo, existem cinco florais, ocorrendo em situações bem distintas: medo concreto, pressentimento, pânico, medo de perder o controle e excesso de preocupação com o outro. O mais interessante é que cada mulher — cada pessoa — sente o medo em contextos diferentes, mostrando que não existe um manual fechado para lidar com as emoções humanas.
Aqui cabe um esclarecimento essencial para quem busca autoconhecimento e equilíbrio emocional com os florais: quando fazemos uma avaliação e identificamos um grupo principal de emoções — como o grupo do medo, por exemplo — , estamos projetando apenas um mapa inicial, um direcionamento para entender melhor nossos sentimentos. Isso serve de base, mas, na prática, especificamente a insegurança não é resultado de uma única emoção ou de um só padrão. Muitas vezes, é necessário recorrer a uma combinação de essências, para que o cuidado seja completo e verdadeiramente personalizado. Sempre menciono isso à minhas alunas e clientes: não basta buscar apenas uma essência para o medo. O autoconhecimento pede fórmulas feitas sob medida, respeitando a individualidade e a história de cada pessoa.
É nesse contexto que também vale lembrar: você não é seus pensamentos . Essa frase, popularizada por autores como Deepak Chopra, nos convida a perceber que somos muito mais do que ideias e vozes que passam pela mente. Podemos observar nossos pensamentos, aprender com eles, mas não precisamos definir a partir dessas ideias — especialmente aquelas que geram mais insegurança que encorajamento.
Permitir-se experimentar pequenas doses de coragem — mesmo que seja apenas pensar de um jeito diferente sobre si mesmo — abre portas para desafios saudáveis e autodescoberta. Desafiar padrões antigos, aos poucos, com carinho e paciência, permite que você explore novos caminhos alinhados ao que realmente deseja viver. Sentir medo não é fraqueza — é apenas uma parte natural da nossa humanidade.
Finalizo com um convite: que este espaço seja sempre de acolhimento, de troca genuína e de reconexão com aquilo que realmente importa. Honre seus sentimentos, observe suas emoções com gentileza e permita-se dar passos, mesmo que pequenos, na direção da vida que deseja abraçar. Seu caminho pode ser mais leve, claro e forte — e sempre há tempo para começar.
Que tal dedicar alguns minutos hoje para se observar com carinho?
Observe os pensamentos que aparecem com frequência, questione se realmente representa o que você acredita sobre si mesmo ou se são apenas ecos de histórias antigas.
Esse pequeno gesto já é um passo importante para o autoconhecimento e a mudança.
Com carinho,

Terapeuta floral e professora de autodesenvolvimento, ajuda você a cuidar das emoções e alcançar objetivos.
Registro Internacional nº 02018.2181

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