Esses dois exemplos ilustram como nossas vivências, crenças e padrões podem exercer influência em nossas vidas. No primeiro caso, a sobrecarga emocional pode ter suas raízes nos modelos parentais, onde a ansiedade e instabilidade emocional frente as adversidades devam ter sido figuras presentes, especialmente em relação ao enfrentamento de problemas.
Se seus pais costumavam adotar padrões de escassez e não abordavam os problemas com foco na resolução, ou seja, se eles transmitiram uma mentalidade voltada para evitar desafios, testemunhar esses comportamentos por parte dos pais no enfrentamento de problemas pode tê-la colocado em uma situação na qual se sente desafiada a encontrar soluções. Isso resulta em uma sensação de estar limitada pelas dificuldades atuais, uma vez que não podemos subestimar o impacto dos padrões de pensamento e comportamento dos pais, que frequentemente influenciam a forma como seus filhos encaram as adversidades da vida na idade adulta.
Já no segundo exemplo, o medo de perder o emprego pode ser uma resposta às pressões no ambiente de trabalho. No entanto, se exploramos a fundo, podemos descobrir que essa ansiedade pode ter raízes mais profundas, pois essa pessoa pode carregar consigo sentimento de insegurança, autocrítica e um desejo constante de sucesso, possivelmente devido a crenças e padrões inconscientes que a envolvem em uma sensação de obrigação profunda, contribuindo assim para seu sofrimento mental. Essas emoções não resolvidas e não processadas podem criar um solo fértil para o medo e a ansiedade em relação a sua situação.
Mas é importante lembrar que estou apenas considerando diferentes situações e usando esses exemplos para tornar o ponto mais claro. Cada pessoa reage de maneira única aos desafios. No entanto, é vital entender que todos nós podemos mudar esses padrões, em vez de ficar presos a eles e culpar nossos pais pelo nosso comportamento.
A mente é moldada por experiências e vivências anteriores e ao alimentarmos essas preocupações estamos criando um atalho para afetar nossa qualidade de vida. Mesmo que as possibilidades sejam reais, a intensidade com que nos entregamos aos problemas tende a nos prejudicar. É essencial compreender que, embora enfrentemos desafios, nem todos são proporcionais às situações reais. Com frequência, amplificamos ameaças ou criamos cenários hipotéticos que, na prática, têm menos impacto do que imaginamos. Esse fenômeno reflete nossa capacidade de superestimar problemas e muitas vezes, nos mantém mentalmente presos, impedindo-nos de enxergar soluções práticas.
Além disso, o estresse causado por essas preocupações pode ter efeitos prejudiciais à saúde física, como o aumento do risco de problemas cardíacos, hipertensão e distúrbios gastrointestinais. Em casos mais graves, algumas pessoas podem recorrer ao abuso de substâncias químicas na tentativa de aliviar seu tormento mental. Isso pode levar ao desenvolvimento de problemas de dependência, tornando a situação ainda mais desafiadora e preocupante.
É importante destacar que existem maneiras eficazes de enfrentar esse problema e recuperar o controle de nossas vidas. O primeiro passo é reconhecer quando estamos indo longe demais com nossos pensamentos, e para isso, o autoconhecimento desempenha um papel fundamental.
Buscar ajuda profissional, como terapia, pode ser extremamente eficaz, pois será uma oportunidade de aprender estratégias para gerenciar e superar esses desafios. No entanto, precisamos compreender que, embora não tenhamos controle absoluto sobre a vida, podemos controlar a forma como respondemos aos nossos pensamentos. São esses padrões e crenças, muitas vezes inconscientes, que moldam nossa realidade. Quando focamos demais no problema e negligenciamos a busca por soluções, inevitavelmente sofreremos as consequências.
Portanto, é crucial fazer uma pausa e questionar se vale a pena investir tanta energia em uma situação. Avalie se o que está em jogo é real ou se devido a experiências passadas, você não está complicando a situação e perdendo de vista a luz no fim do túnel.
Além disso, ações práticas podem ser muito úteis, como a prática da meditação, ela nos concede calma a mente reduzindo os níveis de ansiedade. O exercício físico também é uma ótima opção, pois a prática regular de esporte, mesmo que seja uma simples caminhada ajuda a regular nossos hormônios, melhora o humor e reduz os níveis de preocupação.
Um ponto fundamental a ser considerado é não se isolar em seu próprio mundo mental angustiante. Busque se relacionar com seus amigos e familiares, e você perceberá que essa troca saudável proporcionará momentos de relaxamento e alívio. Isso, por sua vez, possibilitará que você encare a situação de uma perspectiva diferente.
Às vezes, dar um passo para trás e olhar a situação de for a é fundamental, e contar com o apoio de amigos e familiares será muito importante nesse processo.
Lembre-se de que você não está sozinha nessa jornada, é plenamente possível trilhar o caminho em direção a uma mente mais tranquila, equilibrada e serena. Este direito é seu, basta abraçá-lo com sabedoria e libertar-se dessa prisão mental.
Conte comigo sempre!
Maravilhoso ensinamento, me abriu os olhos e clareou as idéias, obrigada pela dedicação em nos ajudar a cuida da mente, do corpo e da alma.