Até Quando Deixaremos de Assumir a Responsabilidade por Nossa Saúde Física e Emocional?

“A doença do corpo, como a conhecemos, é o resultado, o produto final, o estágio final de algo muito mais profundo. A doença origina-se acima do plano físico, mais próximo do mental. É inteiramente o resultado do conflito entre o nosso ser espiritual e o mortal. Enquanto esses dois estiverem em harmonia, teremos perfeita saúde, mas, quando há discórdia, ocorre o que conhecemos como doença.” — Dr. Edward Bach.

Neste primeiro artigo de 2024, é importante compartilhar uma situação que impacta a vida de muitas pessoas. Com frequência, associamos dores, sejam físicas ou emocionais, ao ambiente, à comida que consumimos ou às atitudes daqueles ao nosso redor dentre tantas outras justificativas. Essa tendência nos leva, frequentemente, a adotar posturas vitimistas ou conformistas. Entretanto, a reflexão que compartilho visa destacar nossa responsabilidade em todo esse processo.

Sem dúvida, o conceito de doença como sinal de alerta tem sido um tema central ao longo da história, e seria imprudente da minha parte não destacar a influência significativa de uma figura que moldou profundamente nossa compreensão a esse respeito. Dr. Edward Bach, um ser iluminado — médico inglês defendeu a importância de um olhar mais profundo sobre a real causa da doença, e suas contribuições persistem até os dias de hoje.

Em uma palestra proferida por ele na década de 1930, direcionada a associação homeopática, ele compartilha suas ideias revolucionárias sobre as causas subjacentes das doenças. No entanto é preciso destacar, que embora tivesse um conhecimento profundo sobre o assunto, essa perspectiva não era exclusiva dele; Hahnemann, considerado o “Pai da Homeopatia”, também adotava essa abordagem. A Homeopatia, aliás, serviu como trampolim para Dr. Bach, pois ansiava por algo menos invasivo e assim, pesquisou e sistematizou seus florais. Ambos acreditavam que o equilíbrio entre corpo, mente e espírito era crucial para manter a saúde, uma perspectiva que ressoa ainda nos dias atuais e certamente você já ouviu falar que a saúde vai além da simples ausência de doenças, pois trata-se de um estado de equilíbrio integral.

Ao investigarmos as origens de nossos conflitos, devemos considerar como nossas escolhas, originadas a partir dos pensamentos desempenham um papel fundamental em nossa condição emocional e física. A mente, com seus diferentes níveis e vasta influência sobre nossas emoções, sentimentos e ações, não conhece limites. No entanto, esses aspectos mentais exercem um impacto direto sobre os resultados que experimentamos e segundo a metafísica, a doença surge com o propósito de nos alertar de que algo não está bem, indo de encontro a visão de Dr Bach que via a doença como um indicativo de estarmos agindo em desacordo com os ditames de nossa alma, seja ao realizar algo que não nos traz felicidade ou ao expressar palavras que contradizem os verdadeiros sentimentos de nosso coração. Mas a doença não se manifesta repentinamente; os sinais de alerta se apresentam muito antes.

Um exemplo disso é quando uma pessoa apresenta determinadas dores, ela procura por um especialista, realiza todos os exames necessários, mas nada é diagnosticado. Nesse cenário, a manifestação pode estar ocorrendo ainda no campo energético, servindo como um sinal de alerta para realizar as correções necessárias, seja no comportamento ou nos pensamentos. É como se o corpo estivesse enviando um aviso, indicando que algo precisa ser ajustado.

Agora, ao analisar a situação dessa mesma pessoa, surge a questão:

Será que essas dores estão realmente vinculadas, por exemplo, ao trabalho atual, ou talvez seja necessário considerar uma mudança na abordagem em relação ao ambiente profissional?

É um convite para refletir se a fonte do desconforto está de fato no trabalho em si, ou na maneira como ela se relaciona e interage neste ambiente específico, está fazendo sentido minha linha de raciocínio?

Para exemplificar de forma simples e metafórica, pense em nós como máquinas perfeitas, mas que, de vez em quando, precisam de uma boa manutenção.

Se quem está no comando dessa máquina não estiver em sintonia, assim como um motorista cuida de um carro, eventualmente poderá surgir problemas, pois quando um carro está desregulado, o sistema emite alguns sinais de alerta antes de uma quebra total, como luzes no painel. Esses sinais é indicativo de que algo está errado e precisa ser consertado antes que ocorra um problema maior.

Da mesma forma, ao nos aprofundarmos na complexidade da mente humana, torna-se possível identificar sinais de alerta antes que uma doença se manifeste completamente.

A nossa mente funciona como um sistema de alarme que nos avisa quando algo estressante, por exemplo, está acontecendo. Uma parte importante desse sistema recebe o nome de amígdala, localizada no cérebro, mais precisamente na região temporal medial, que faz parte do sistema límbico agindo como um sensor de emoções, não devendo ser confundida com a amígdala que algumas pessoas associam à garganta, atualmente é denominada tonsilas.

Quando enfrentamos situações difíceis, ela entra em ação, liberando substâncias químicas, como o cortisol, para nos ajudar a lidar com o estresse. Essa é uma resposta natural e útil do nosso corpo. O problema surge quando essa ativação acontece com frequência, deixando os níveis de cortisol constantemente altos.

Algumas pessoas têm um jeito de lidar com o estresse que mantém esse ciclo funcionando, como um interruptor que não desliga. Elas registram e alimentam as emoções estressantes, criando um ciclo difícil de quebrar. Em outras palavras, isso ocorre porque elas podem não ter desenvolvido completamente o que chamamos de “inteligência emocional” para lidar com essas situações.

Desta forma, uma pessoa que esteja enfrentando uma situação desafiadora no trabalho, poderá acumular emoções de frustração e ansiedade. Essas emoções por sua vez, se tornam como uma memória para ela e sempre que uma situação semelhante ocorrer,emoções vivenciadas no passado virão à tona automaticamente, como se o interruptor fosse acionado, podendo cronificar o ciclo de estresse e tornar mais difícil lidar com novas adversidades.

Já outras pessoas conseguem lidar melhor com suas emoções.

Isso acontece devido a uma combinação de fatores, e o bacana é que essa habilidade pode ser aprimorada ao longo da vida com um pouco de esforço e prática constante e a chave para lidar com isso é a conscientização.

Contudo, ao considerar a persistência dos sintomas e a clareza dos eventos, é possível concluir que há sinais evidentes de sobrecarga. Dar um nome a essa situação facilita a observação sob uma nova perspectiva, permitindo regular esses sentimentos e emoções. É uma oportunidade para redefinir essas experiências e expressá-las de maneira mais equilibrada e consciente.

Essa ação não apenas ajuda a compreender detalhadamente o que está enfrentando, mas também abre portas para a busca de estratégias direcionadas envolvendo a importante decisão de procurar ajuda profissional, avaliar a viabilidade de mudanças no ambiente de trabalho e a adotar ações práticas regulares de autocuidado, visando enfrentar proativamente os desafios sem negação, justificativas infundadas ou a busca por culpados entre colegas de trabalho.

Como mencionei no início deste texto, muitas vezes responsabilizamos fatores externos ou outras pessoas por nossos problemas, quando, na verdade, “a azeitona da empada nem sempre é a culpada”.

Portanto, monitorar nossas emoções e empregar estratégias saudáveis é como desligar esse alarme antes que as coisas se agravem. Em outras palavras, é tomar medidas preventivas antes que os problemas cresçam entendendo as razões por trás desses conflitos, que geralmente estão escondidas sob essa camada emocional.

Mas chegou o momento de retirar essa cortina de fumaça, sair da zona de conforto, arregaçar as mangas e fazer o que é preciso ser feito. Não podemos esperar que outra pessoa faça o que é nossa responsabilidade, a jornada para uma saúde plena começa quando reconhecemos e aceitamos isso.

Se este texto fez sentido para você e trouxe algo útil, por favor, compartilhe sua opinião nos comentários. Sua visão é valiosa e pode ser um auxílio para outras pessoas. Se achar que este conteúdo pode ser útil para alguém que você conhece, não hesite em compartilhar em suas redes sociais. Vamos juntos espalhar essa mensagem de cuidado emocional, contribuindo para um ambiente mais saudável e solidário. Essa atitude é ser parte da solução. Obrigado por fazer parte disso!

Com carinho,

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Êurenì RS Pálma

Terapeuta floral e professora de autodesenvolvimento, ajuda você a cuidar das emoções e alcançar objetivos.
Registro Internacional nº 02018.2181

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Sheila
7 meses atrás

Boa tarde,

Excelente e de Verdade quando assumimos nossas responsabilidades tudo se torna mais suave, pois o Transformar-se se faz necessário a cada dia.

Gratidão Ni 🌹

Eureni
Reply to  Sheila
7 meses atrás

Sim querida, com certeza!
Assumir nossas responsabilidades é um passo importante para o crescimento pessoal. A cada dia, temos a oportunidade de nos transformar e evoluir. A jornada pode ter seus desafios, mas é nesse processo de autodescoberta e aprendizado que encontramos verdadeira realização.

Gratidão por acompanhar e compartilhar sua opinião!

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