Descobrindo a Paz Interior com Ho’oponopono

Resumidamente, o Ho’oponopono como conhecemos hoje foi desenvolvido por Morrnah Nalamaku Simeona, uma curandeira havaiana. Ela atualizou essa prática ancestral para os tempos modernos, tornando-a acessível a todos.

Outro figura importante é o do Dr. Ihaleakala Hew Len, que trabalhou com Morrnah por muitos anos. Ele ficou conhecido por aplicar esta técnica de uma forma única: utilizando apenas fichas de pacientes aplicando as quatro frases e aos poucos as transformações aconteciam. Infelizmente, o Dr. Len desencarnou recentemente, mas seu legado permanece vivo.

Segundo esta filosofia, trazemos conosco muitas vezes sem perceber, heranças energéticas de nossos ancestrais. É como se estivéssemos “fidelizando” padrões limitantes que não nos pertencem verdadeiramente.

Na Constelação Familiar, Bert Hellinger chamava isso de “emaranhados”. Já no Ho’oponopono, essa energia é conhecida como “energia aka”. O importante é entender que, ao fazer os movimentos necessários de limpeza e perdão, podemos desvencilhar essas energias densas.

Segundo o Dr. Hew Len, as memórias são os registros de experiências passadas que ficam armazenadas em nosso subconsciente. Elas podem ser nossas ou herdadas de nossos antepassados. Essas memórias são responsáveis ​​por atrair situações e pessoas para nossa vida que ressoam com elas.

Quando repetimos as quatro frases do Ho’oponopono, estamos limpando e liberando essas memórias, abrindo espaço para novas possibilidades e experiências mais elevadas, no entanto é importante lembrar que não estamos vendo todo o enredo completodessa nossa história, apenas limpamos e deixamos a divindade agir

De acordo com o Ho’oponopono, nossa mente é composta por três aspectos principais: Unihipili (eu inferior), Uhane (eu médio) e Aumakua (eu superior). Cada um deles desempenha um papel fundamental no nosso bem-estar emocional e espiritual. A Unihipili, também chamado de “criança interior”, é o nosso subconsciente. Nela armazenamos todas as nossas memórias, programações e crenças, muitas vezes negativas e limitantes. É como uma criança que precisa de cuidado, amor e orientação para se desenvolver de forma saudável. A Uhane, nossa mente consciente, tem a responsabilidade de cuidar da Unihipili, assim como uma mãe cuida de seu filho. Ela deve acolher, educar e direcionar essa “criança” com amor e sabedoria, ajudando-a a se libertar de padrões negativos e traumas do passado.

Já o Aumakua, nosso eu superior, é como um pai saudável e amoroso. Ele é a nossa conexão com a divindade, uma fonte inesgotável de inspiração, sabedoria e cura. Através dele, podemos acessar nosso verdadeiro potencial e realizar a limpeza profunda proposta pelo Ho’oponopono. No entanto, muitas vezes negligenciamos nossa criança interna, deixando-a abandonada no calabouço de nossas memórias dolorosas. Ela então grita clamando muitas vezes, por socorro através de nossos medos, inseguranças, raiva, frustrações e outros sentimentos solicitados. E quando tomamos consciência de que apenas 5% da nossa mente é consciente (Uhane), percebemos a importância de cuidar com amor e atenção dos outros 95% — o nosso subconsciente (Unihipili) em outras palavras, cuidarmos dessa casa interna. Isso significa acolher nossas emoções, considerar nossas sombras e transmutar essas energias densas através da prática do Ho’oponopono. Ao repetir as quatro frases — “Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grato” — estamos limpando as memórias tóxicas armazenadas na Unihipili e permitindo que Aumakua nos guie rumo à cura e à liberação. É um processo profundo de autocuidado e amor-próprio, que nos reconecta com nossa essência divina.Portanto, cuidar da nossa criança interior é cuidar da nossa alma.

Quando acolhemos nossas dores com compaixão, nos libertamos do passado e abrimos espaço para manifestar uma nova realidade, baseada no amor incondicional por nós mesmos e por toda a vida.

E ao manter em harmonia essa tríade Criança, Mãe e Pai / “Unihipili” , “Uhane” e “Aumakua”, abrimos espaço para o que de fato é o mais importante, a paz do eu, conceito central no Ho’oponopono. Isso significa estar em um estado de total acessibilidade, perdão e amor por si mesmo e por tudo o que se manifesta em nossa realidade. Quando estamos na Paz do Eu, reconhecemos que tudo o que acontece “lá fora” é um reflexo do que está dentro de nós.

Nesse estado, não há mais resistência, apenas entrega e confiança no fluxo perfeito da vida. É aí que os milagres acontecem, pois estamos alinhados com nossa verdadeira essência divina.