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Espelhos e Histórias: Resgate Sua Verdadeira Identidade

Falar sobre autoestima é cada vez mais comum, mas, na prática, poucas pessoas param para refletir sobre o que está por trás desse sentimento — ou, muitas vezes, dessa dor silenciosa que tantas mulheres carregam no dia a dia. Antes de nos julgarmos duramente, é essencial olhar para essas questões com atenção e carinho, de onde tudo isso começa.

A baixa autoestima quase sempre carrega uma história por trás. Ela pode nascer das críticas que ouvimos na infância, das regras impostas, de comparações constantes ou de olhares severos — vindos de outras pessoas ou de nós mesmos. Com o passar do tempo, cada palavra, cada experiência, vai sendo guardada dentro de nós, formando uma imagem interna que nem sempre corresponde à realidade. Aos poucos, sem compreender, chegamos a acreditar nessa narrativa distorcida e a viver a partir dela, alimentando pensamentos de autocrítica, de inadequação e até vergonha de sermos quem realmente somos.

Após anos ouvindo relatos em meus atendimentos — especialmente de mulheres — observei que essa percepção negativa pode se manifestar de formas bem diferentes. Em alguns casos, aparece como um olhar severo para si mesmo, uma dúvida recorrente em relação ao próprio valor ou à tendência automática de enxergar apenas os defeitos. Em outras histórias, a culpa surge como um peso constante; já em outras, ela nem sequer existe. Cada experiência é única e merece ser respeitada.

Muitas mulheres relatam desconforto ou vergonha do próprio corpo, seja por não cumprirem os padrões estéticos, por acreditarem que não são bonitas ou suficientes. No entanto, outras carregam memórias marcantes: uma infância com excesso de proibições, episódios de bullying por serem fisicamente diferentes ou por não terem o “corpo ideal” . São essas experiências que, muitas vezes, nascem a comparação — quase sempre injusta — e, junto dela, um peso silencioso e devastador: a sensação interna de não ser digna de amor, reconhecimento ou conquistas .

Essas vivências, quando não são cuidadas, acabam se transformando no que chama de toxinas emocionais  — um acúmulo de sentimentos, memórias e reflexões negativas que contaminam o olhar sobre si mesmo, corroem a autoestima e afetam as relações e a forma de estar no mundo.

Em muitos casos, isso repercute até na vida íntima. Já acompanhei mulheres que tinham dificuldades em se relacionar com seus parceiros, pois, em algum nível, não se sentiam autorizadas ou dignas de viver plenamente esses momentos. Às vezes, esses bloqueios nem são frutos apenas da experiência individual, mas também de padrões transmitidos pela família —  sua ancestralidade — verdadeiras lealdades inconscientes a histórias de dor, repressão e vergonha vividas por outras mulheres de sua linhagem.

Mas diante de tantos padrões e marcas emocionais, como começar a limpar essas reações negativas e retomar o próprio olhar?

Dentro do sistema dos Florais de Bach, a essência Crab Apple é reconhecida como o floral da purificação. Sua função é auxiliar na limpeza de sentimentos e percepções distorcidas que uma pessoa mantém sobre si, especialmente no que diz respeito à sua imagem pessoal . É indicado para situações em que exista desconforto com a própria aparência, sensação de impureza —  “mania de limpeza”, repulsão a si mesma ou fixação exagerada em pequenos defeitos — sejam eles reais ou imaginários.

Penso nele como uma espécie de “faxina interna emocional” no campo da autoimagem, pois ao suavizar e depurar essas “toxinas negativas e exageradas”, abre espaço para um olhar mais equilibrado e genuíno sobre quem é a pessoa, permitindo uma relação mais leve com seu corpo e aparência.

Não existe uma fórmula pronta. O Crab Apple pode ser o primeiro passo para limpar esses registros, mas é fundamental olhar para cada mulher com individualidade e respeito à sua história - nunca trate uma questão tão profunda de forma superficial.

É exatamente por isso que seu uso deve estar inserido em um trabalho terapêutico mais amplo, que leve em conta as causas e as camadas por trás da baixa autoestima, e não apenas os sinais visíveis. Quando se olha a pessoa por inteiro — suas vivências, padrões e necessidades — o floral cumpre seu papel de forma muito mais eficaz, pois atua onde realmente é importante: ajudando a suavizar a relação com a própria imagem, e ao melhorar a forma como essa mulher enxerga, reflexos positivos podem surgir naturalmente em outras áreas da vida. 

Concluindo, recuperar a autoestima não é buscar se encaixar em padrões. É sobre assumir o direito de ser quem você realmente é e de se orgulhar disso. É compreender que redes sociais e conteúdos superficiais não refletem a vida como ela é. A mulher perfeita exibida nas telas muitas vezes é apenas um recorte editado, e não um retrato real. Nós somos perfeitas na nossa singularidade, com nossas histórias, marcas e experiências — e é isso que nos torna únicas e valiosas.

A verdadeira transformação começa quando olhamos para toda a nossa história com honestidade e acolhimento. Não se trata apenas de “melhorar, mas de pouco a pouco limpar essas toxinas que tomaram conta desse jardim interno — e limitam nossa liberdade de ser e sentir.

Se você sente o peso das comparações, das memórias dolorosas ou daquela voz constante que insiste em te diminuir, saiba que é possível escrever uma nova história. Esse processo exige um olhar gentil, paciência e, muitas vezes, apoio terapêutico como mencionei, para que seja possível enxergar o que sozinha, pode ser difícil de perceber.

Cuidar de si vai muito além de uma decisão momentânea. É um ato diário, corajoso, de amor próprio. E esse ato pode ser o início de uma vida mais leve, autêntica e feliz — onde o valor que você vê em si não esteja preso a um reflexo no espelho, mas conectado profundamente à forma como você se certifica e se respeita por inteiro!

Seja feliz e viva a vida com liberdade!

Com carinho,

Foto de Êurenì RS Pálma

Êurenì RS Pálma

Terapeuta floral e professora de autodesenvolvimento, ajuda você a cuidar das emoções e alcançar objetivos.
Registro Internacional nº 02018.2181

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