E essa construção ocorre por meio das experiências vividas em nosso núcleo familiar sofrendo influências posteriores do mundo externo, como a sociedade, o ambiente escolar e os amigos. Essas informações podem interferir em conceitos importantes da nossa vida, como a maneira de nos comportar, pensar e agir. Muitas vezes, aceitamos e cristalizamos em nossa mente inconsciente crenças que são difíceis de desapegar. No entanto, é possível transformar esses padrões.
Costumo dizer que a nossa mente é tanto nossa melhor amiga quanto nossa pior inimiga. Ela nos faz acreditar no que ouvimos falar sobre nós, mas somos capazes de impedir que isso ocorra.
O Dr. Edward Bach, em seu livro “Cura ti a ti mesmo”, afirma que “o conflito surge quando nossa personalidade é desviada do caminho determinado pela alma, seja por causa de nossos desejos terrenos, seja pela persuasão de outros” e entendo que o melhor caminho para voltarmos a realizar os desejos de nossa alma é descobrir quais são os sabotadores, as crenças que atrapalham essa nossa jornada, e ressignificá-las.
E quem são esses “sabotadores”? Na prática, somos nós mesmos, justamente por aceitarmos as influências externas como verdades.
Nos bastidores de nossa mente, em nosso “porão interno”, encontram-se esses sabotadores que impedem a realização de nossas ações positivas e proativas e podemos dar vários nomes a eles: nossas toxinas emocionais, egos, memórias, emaranhados, mente inconsciente e até mesmo nossa criança interior. Ao mergulharmos em nosso interior e reconhecermos quem somos, compreendemos a importância desse questionamento. Mas não basta apenas conhecê-los, precisamos agir e colocar em prática, e é nesse ponto que muitas vezes estacionamos.
Retomando a ideia de que a construção começa em nosso núcleo familiar, é importante lembrar que, assim como nossos pais fizeram o melhor deles ao nos educar, não há certo ou errado nessa abordagem. Temos em nossas mãos a escolha de mantermos esses padrões e vivermos o falso “eu”, acreditando que somos incompetentes e incapazes de expressar nossas ideias aos demais, ou mudar completamente o cenário, potencializando nossas capacidades agindo com ousadia e coragem. Confesso que é um processo desafiador, mas é possível!
Para mudar esse cenário, é preciso identificar quem são esses sabotadores e quando se manifestam.