Ao explorarmos mais a fundo esse comportamento, podemos observar que a criança, internaliza em sua mente subconsciente o sentimento de culpa que surge de situações em que ela percebe o ambiente ao seu redor como instável, hostil ou carente de cuidados adequados.
Essa auto responsabilização pode se manifestar de maneiras diversas como desenvolver um comportamento excessivamente cuidadoso para tentar compensar a suposta falta que acredita existir, e a falsa ideia de que para ser amada precisa ser perfeita, gerando uma pressão constante para corresponder às expectativas, muitas vezes inatingíveis.
Além disso, pode se culpar por sentimentos negativos que experência, como raiva ou tristeza, interpretando erroneamente essas emoções como evidências de sua própria inadequação. Esse ciclo pode persistir na vida adulta, levando a uma tendência a se sacrificar em relacionamentos e se responsabilizar excessivamente pelos outros.
Neste caso, a pessoa abdica de sua vida em detrimento do outro, pois acredita ser responsável por tudo, transferindo o cuidado ao outro, onde em essência, deveria fazê-lo por si própria e não transferir tais cuidados aos demais ao redor. Por trás desse comportamento, encontramos uma criança ferida que tem dificuldade em amadurecer suas emoções, pois houve uma falha de comunicação e cuidados parentais. A partir desses modelos, criou-se um padrão e crenças limitadoras que impedem o seu crescimento rumo à sua valorização e reconhecimento pessoal.
Segundo o autor e psicoterapeuta norte-americano John Bradshaw, as crianças precisam se sentir seguras emocionalmente para compreender os próprios sinais interiores, bem como aprender a separar os pensamentos dos sentimentos. Sem uma vida interior saudável, a pessoa, exilada nela mesma, inevitavelmente vai procurar satisfação no exterior, ou seja, será aplicado a não observação de si em função do mundo exterior, negligenciando suas próprias emoções e necessidades.
Mas a vida é tão maravilhosa que oferece a todos a oportunidade de reconstruir seu universo emocional e temos infinitas possibilidades terapêuticas, dentre as 38 essências florais sistematizadas pelo médico inglês Dr. Edward Bach, destaco a essência Floral Centaury. Este floral tem uma grande missão: ajudar pessoas sensíveis emocionalmente que sentem muita empatia pelos demais, mas que são facilmente exploradas, pois ser bom para muitos é sinônimo de ser tolo.
É comum empenharem seu tempo e esforço para resolver as dificuldades da outra pessoa quando essa é quem deveria fazer o esforço. Acabam por assumir a responsabilidade pela falta de ação do outro, agindo no lugar dele. Mas ao fazer isso, existem dois problemas, na minha visão. O primeiro é que estarão tirando a oportunidade do outro de se desenvolver como ser humano para superar suas dificuldades. O segundo aspecto a ser considerado é a suscetibilidade dessas pessoas à influência de personalidades mais dominantes, pois indivíduos com temperamentos controlador e dominador poderão tirar proveito de sua generosidade. Como resultado, a médio e longo prazo, sua energia física e emocional será impactada. O fato é que, como já mencionei, elas são o resultado de lares subnutridos de afetividade e amor e trazem em sua alma feridas emocionais e para serem reconhecidas, amadas e acolhidas não conseguem delimitar o seu espaço nutrindo o sentimento de auto anulação refletindo em diversas situações vivenciadas por elas, mas encontramos outros sentimentos que permeiam este comportamento.